Formação

O que une São Pedro e São Paulo na fé da Igreja?

Solenidade celebrada em 29 de junho destaca a missão e o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo, fundamentais na criação da Igreja Primitiva

Escrito por Redação A12

27 JUN 2025 - 13H32 (Atualizada em 27 JUN 2025 - 17H09)

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A Solenidade de São Pedro e São Paulo, comemorada em 29 de junho, é uma das datas que fundamentam a Igreja. Ela celebra dois nomes fortes dos primórdios da Igreja, com histórias distintas, mas com a mesma entrega radical ao Evangelho.

Pedro é o pescador que se tornou a rocha onde Cristo edificou a Igreja, também considerado o primeiro Papa. Já Paulo, o perseguidor que, após sua conversão, virou apóstolo evangelizador de muitas nações.

Entenda por que é importante celebrá-los juntos:

Via Crucis Via Crucis

Pedro: chamado a apascentar com amor

Simão, filho de Jonas, foi chamado por Jesus às margens do mar da Galileia. Tornou-se Pedro, o primeiro dos apóstolos, escolhido para ser a rocha da Igreja (Mt 16,16-19). Mesmo tendo negado o Senhor, foi restaurado pelo amor (Jo 21,15-17). Cristo confiou a ele o pastoreio do rebanho.

“No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar (307). Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro confessara: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo” (Mt 16, 16)Pois também eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e os poderes do inferno jamais conseguirão dominá-la. (Mt 16, 18)”. (CIC, 552)

O Catecismo da Igreja Católica ensina, também, que Pedro recebeu uma missão única de ser a rocha, a pedra fundamental onde o Reino de Deus se tornasse palpável. Essa autoridade, transmitida aos seus sucessores, dá origem ao ministério do Papa, o Bispo de Roma.

“Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: “Vou te dar as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.(Mt 16, 19). O “poder das chaves” designa a autoridade para governar a Casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, o “bom Pastor”, confirmou este cargo depois da sua ressurreição: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21, 15-17). O poder de “ligar e desligar” significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos Apóstolos e particularmente pelo de Pedro, o único a quem confiou explicitamente as chaves do Reino.” (CIC, 553)

Segundo o Concílio Vaticano II, reforça a missão de Pedro, confiada a ele por Jesus:

“Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele (13), embora, fora da sua comunidade, se encontrem muitos elementos de santificação e de verdade, os quais, por serem dons pertencentes à Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica.” (Lumen Gentium, p. 8)

Paulo: da perseguição à missão universal

Paulo, antes conhecido como Saulo, era um judeu fariseu, perseguidor dos cristãos. Mas tudo mudou no caminho de Damasco (At 9). Ali, encontrou o Ressuscitado. De perseguidor, tornou-se apóstolo dos gentios. Evangelizou grandes cidades, escreveu cartas inspiradas e fundou comunidades. Em Roma, foi preso e, mais tarde, martirizado, sendo decapitado.

Em sua segunda carta a Timóteo, ele escreve: Combati o bom combate, terminei minha corrida, guardei a fé.(2Tm 4,7). O testemunho de Paulo mostra que não há passado que Deus não possa transformar.

O Catecismo, no parágrafo 858, destaca que “Jesus é o enviado do Pai. Desde o princípio do seu ministério, «chamou para junto de Si os que Lhe aprouve [...] e deles estabeleceu Doze, para andarem consigo e para os enviar a pregar" (Mc 3, 13-14). Paulo foi incansável nisso, tornando-se referência para todos que desejam viver a fé com coragem e razão.

Por que a Igreja os celebra juntos?

A tradição afirma que Pedro e Paulo foram martirizados em Roma, em datas próximas, durante a perseguição de Nero. Embora tenham seguido caminhos diferentes, morreram pela mesma fé.

Em um sermão do ano 395, o doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona, expressou que São Pedro e São Paulo:

“Na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos.”

Nesta solenidade, reflita esses pontos especiais sobre a vida dos dois apóstolos:

• Pedro nos ensina a levantar após a queda.

• Paulo mostra que o encontro com Jesus muda tudo.

• A união dos dois revela que a missão precisa da comunhão.

• Ambos são testemunhas da fé com a vida.

:: Neste 29 de junho, agradeça a esses grandes apóstolos pela sua determinação em pregarem o Evangelho a toda criatura!

Fonte: Catecismo da Igreja Católica/

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